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Tudo sobre o Rodovia Oswaldo Cruz [ SP-125]

  • Nomes: Rodovia Oswaldo Cruz , Taubaté-Ubatuba
  • Identificador: [ SP-125 ]
  • Extensão: 91 Km
  • Inauguração: 1976
  • Legislação: Lei 972-76
  • Tipo: Pista simples
  • Início: Avenida Dom Pedro I, Taubaté, SP
  • Término: Avenida Professor Thomás Galhardo, Ubatuba, SP

Sobre o Rodovia Oswaldo Cruz

A Rodovia Oswaldo Cruz é uma rodovia paulista, é também denominada SP-125. A via interliga as cidades entre Taubaté, no Vale do Paraíba, e Ubatuba, no litoral norte paulista. Seus noventa e um quilômetros estão sob concessão do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP).

No tempo do Brasil Colonial serviu como parte de um desvio da antiga Estrada Real, atual Via SP-171. Até hoje serve também como caminho alternativo do Vale do Paraíba para Paraty.

História da Rodovia Oswaldo Cruz

Rodovia Oswaldo Cruz no Brasil Colonial

A via foi construída, a partir de trilhas indígenas, para se ter um caminho, ainda no alto da serra, direto ao bairro do Registro, em Taubaté, local onde se registravam as mercadorias que saíam e chegavam ao porto de Paraty. Assim, os tropeiros não precisavam chegar ao porto, ir para Registro e voltar novamente ao porto. Então, este tal caminho era como um desvio no antigo Caminho do Ouro da Estrada Real, iniciava onde é hoje o km 20 da Via SP-171, em Guaratinguetá, passando pela Serra do Quebra Cangalha, seguindo o trajeto da atual da Via SP-153 até São Luiz do Paraitinga, que era o ultimo pouso antes da inclinada descida pelo caminho da Serra do Mar que, hoje, é o 2º trecho da Via SP-125.

O 1º trecho da Via SP-125 teve também sua importância histórica, pois ligava as cidades da região de Taubaté à São Luiz do Paraitinga, onde se encontrava o 2º trecho que descia a Serra do Mar até o planalto atlântico.

Rodovia Oswaldo Cruz Atualmente

Com o crescimento das cidades à invenção de máquinas automotoras, o Governo do Estado de São Paulo, planejara fazer melhorias na via. Então, em meados 1932 e 1933, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo inicia os projetos de melhorias, a via foi alargada e pavimentada com pedras pelos presidiários da Ilha Anchieta que estavam sob pena de detenção.

Em 1960, iniciou-se a implantação de um projeto mais moderno, com retificações no trecho de São Luiz à Ubatuba, permanecendo o antigo traçado. Entre 1963 e 1969, estas obras foram realizadas, sendo a pavimentação concluída em 1969.

No período de 1971 a 1979, foram executados diversos melhoramentos no seu trajeto. Em 19 de Abril de 1976, a Via SP-125 foi denominada oficialmente como Rodovia Oswaldo Cruz, em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, nascido em São Luiz do Paraitinga, cidade que está na rota da Via SP-125.

Hoje, a via tem utilização intensa por moradores de Taubaté e cidades da região que desejam alcançar as praias de Ubatuba.

No dia 2 de Janeiro de 2010, o aterro da cabeceira da ponte sobre o rio Paraitinga, no km 44, foi destruído devido a enchente do rio e a passagem pela ponte foi fechada pelo DER por motivo de segurança, isto causou a interdição do trecho entre São Luiz e Ubatuba até o dia 6 de Janeiro, quando terminaram os reparos na ponte. Durante este período, automóveis tiveram de desviar pela rodovia dos Tamoios. Ao decorrer dos dias chuvosos do mês de Janeiro de 2010, na região do Paraibuna e Paraitinga, várias quedas de barreiras atrapalharam o tráfego na Via SP-125, obras de recuperação e limpeza foram efetuadas e duraram algumas semanas. O estado atual da Rodovia Oswaldo Cruz já está normalizado.

Cidades que cortam a Rodovia

Atualmente, passa por alguns municípios do estado São Paulo: Taubaté, Redenção da Serra (longe do centro), São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra (longe do centro) e Ubatuba.

DER

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é o órgão executivo rodoviário dos estados e do Distrito Federal, com jurisdição sobre as rodovias e estradas estaduais de sua sede. São departamentos responsáveis pela administração de rodovias estaduais no Brasil. São subordinados aos governos estaduais de suas respectivas unidades da federação.

 

Quem foi Osvaldo Cruz?

Oswaldo Gonçalves Cruz foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Federal no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente.

Filho de cariocas, nasceu no interior de São Paulo. Aos cinco anos, acompanhou a família no retorno ao Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando se em 1892, com a tese A vehiculação microbiana pelas aguas. Casou-se aos 20 anos, com jovem de família rica. Em 1896 estagiou durante três anos no Instituto Pasteur, em Paris, sendo discípulo de Émile Roux, seu diretor. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.

Foi então criado o Instituto Soroterápico Federal (1900), cuja direção assumiu em 1902.

Diretor-geral da Saúde Pública (1903), nomeado por José Joaquim Seabra, Ministro da Justiça, e pelo Presidente Rodrigues Alves, coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral. Organizou os batalhões de “mata-mosquitos”, encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. A cidade era uma das mais sujas do mundo, pois dos boletins sanitários da época se lê que a Saúde Pública em um mês vistoriou 14.772 prédios, extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744 ralos e 28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370 caixas d´água, 173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo e dos quintais de casas e terrenos 36 carroças de lixo, gastando 1.901 litros de petróleo (são dados do livro indicado abaixo, de Sales Guerra). Houve um momento em que foi apontado como «inimigo do povo», nos jornais, nos discursos da Câmara e do Senado, nas caricaturas e nas modinhas de Carnaval. Houve uma revolta, tristemente célebre como a revolta do «quebra-lampeão», em que todos foram quebrados pela fúria popular, alimentada criminosamente durante meses pela demagogia de fanáticos e ignorantes.

Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).

Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em Rondônia.

Em 1916 ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu vítima de insuficiência renal um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

Sua vida é retratada no romance Sonhos Tropicais de Moacyr Scliar.

Mapa do Rodovia Oswaldo Cruz





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